segunda-feira, 21 de abril de 2014

And that music is so powerful that it's quite beyond my control
And ah... when i'm in the grips of it i don't feel pleasure and
I don't feel pain, either physically or emotionally.
Do you understand what i'm talking about?
Have you ever felt like that?
When you just couldn't feel anything and you didn't want to either.
You know? like that? do you understand what i'm saying sir?


quinta-feira, 17 de abril de 2014

E se vai mais uma noite, mais um dia, mais um ano, mais um


melancholia


Em um momento de descrição

Na parede há um buraco branco, o espelho. É uma ratoeira. Sei que vou lá cair. Já está. A coisa cinzenta acaba de surgir no espelho. Aproximo-me e olho para ela; já não posso desviar-me.
É o reflexo da minha cara. Muitas vezes, nestes dias, perdidos, fico a contemplá-lo. Não percebo nada desta cara. As dos outros têm um sentido. A minha, não. Nem posso decidir se é bonita ou feia. Acho que é feia, porque mo disseram. Mas não é propriedade que me salte à vista. A bem dizer, até me surpreende' que se lhe possam atribuir qualidades desse género, como se se chamasse bonito ou feio a um bocado de terra ou a um bloco de rocha.
Há, todavia, uma coisa cuja vista dá prazer; por cima das regiões moles das faces, acima da testa: é esta bela labareda vermelha que me doura o crânio, são os meus cabelos. Isto sim, é agradável de se ver. É, pelo menos, uma cor nítida: estou contente por ser ruivo. Ali está ela, no espelho, salta aos olhos, irradia fogo. Muita sorte tenho eu: se a minha testa suportasse uma dessas cabeleiras sem brilho que não chegam a decidir-se entre castanho e louro, a minha expressão perder-se-ia no vago, dar-me-ia vertigens. O meu olhar desce lentamente, com enfado, por esta testa, por estas faces: não encontra nada de firme, afoga-se. Evidentemente, aquilo é um nariz, aquilo são uns olhos, aquilo uma boca, mas nada disso tem sentido, nem sequer expressão humana. (A Náusea - Sartre)

terça-feira, 8 de abril de 2014

2014 e abril mês do meu nascimento

Não sei mais do que eu preciso, do que eu quero, tô num nervosismo fora de controle, com vontade de sair pela primeira porta que aparecer.

2014 que esperava começar com muita lucidez parece estar se transformando em um inferno astral pra mim.

É muita ansiedade, medo e nervosismo junto, misturado em uma pessoa só.

Por favor pare.

Mas ao mesmo tempo sei que isso vai passar e eu vou ler isso com um alívio enorme.

Só espero não morrer antes de sentir esse alívio.

Quero voltar para a vida sem preocupações.