terça-feira, 25 de junho de 2013

Poema da ansiedade

Sentia frio em minhas mãos 
 Seria o suor de uma simples aflição 
 Ou seriam as dores sem razão? 
O ar que me falta nos pulmões 
provocado pelos olhares das multidões 
 arrancam um a um os poucos laços dos perdões 
 Ão, Ão, Ão 
 Ão de pensar que faço versos 
 sem pensar em seus reflexos 
Se penso, é no receio da multidão 
que me sufoca, me embrulha. 
Sobrando apenas o nó da inquietação 
Das palavras, vítimas de uma invenção 
 Das pupilas dilatadas, o ofuscar da visão 
Se eu choro 
é sem motivo 
 Se eu rio 
 é sem motivação 
 A ânsia desmedida é fruto da imaginação 
 Maligna, criadora de uma complexa confusão 
 Dos sentimentos 
 Sei apenas, 
O envolvimento, 
 Com as químicas composições.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Soneto de Infidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 

E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama, 

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(Vinicius de Morais)

filho teu não foge à luta, Brasil


sexta-feira, 14 de junho de 2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Blog feito de momentos e não momentos, de auto-conhecimento e total desconhecimento, de completa alegria e de completa tristeza, de opostos e de iguais. Nunca feito de meio termo, nunca tépido, vezes frio, vezes quente, vezes seco e vezes úmido, mas nunca sem sentimento.

Não sei

Eu não sei se corri Ou se andei em passos lentos Nem senti os ventos Se foram bons ou maus Não sei dizer Tinha vontade de novo Os mesmos caminhos percorrer Partindo do ponto inicial De onde a primeira vez parti Talvez sentiria agora Coisas de natureza Que outrora não senti. Cartolinha <3