quinta-feira, 26 de agosto de 2010

a voz

Platonizava um sorriso meio timido quando ouvia a voz, quantas vezes ao ouvir tal voz me acalmei. Quanto desejei os suspiros e os cochichos aos pés dos meus ouvidos. O quanto me causou essa voz timida, cheia de galanteios, com um rosto misterioso, por de tras, o qual nem chegei a ver.
Tento agarrar os sons e algumas palavras em minhas mãos. Queria por um instante guarda-las em uma caixinha de melodias.
O poder da voz se fazia material, eram como mãos, as vezes tirava o cabelo do meu rosto, enxugava algumas lagrimas, me tocava o ombro e segurava em minhas mãos.
Agora virou eco para meus ouvidos, as vezes me chama em meus sonhos, aos poucos vai sumindo e cada vez mais tenho medo de esquecer "o som da calma", que agora virou desespero.
Nem o som da chuva tinha tal poder, era o som da chuva com palavras, a vontade era de fechar os olhos e me deixar molhar, ou adormecer ao lado dessa voz. Quantos choros, risadas e promessas, as quais tento guardar em uma caixinha na memória, com todas as outras lembranças.
...o ritmo dos pingos ao cair no chão, só me deixa relembrar, tomara que eu não fique a esperar em vão, por ela que me faz chorar, chove chuva...

domingo, 15 de agosto de 2010

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Vai chover de novo,
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus,
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim,
Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,
Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

a dream goes on forever

Fecho os olhos para conter as lágrimas. Me sinto bem ao deitar e deixar a musica rolar enquanto aperto minha coberta, só assim para passar o medo da solidão. O dia passa, como um flash-back em minha cabeça, amo tudo por um momento, mas ao me deitar a angustia vem a tona. O sentimento da solidão sempre estará comigo, minha maior companhia ao longo de toda minha vida. Me contenho para as lágrimas não caírem. É um frenesi de pensamentos ao notar as lágrimas caírem, sinto minha garganta apertada, repugnante, querendo gritar. Tudo isso para que? quando essa angustia vai passar? Sem final, sem final, nada acabou ainda...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

obitus veneris

Em alguns anos quando tiver esquecido você, e outras aventuras como esta acontecerem comigo por completa força de habito, lembrarei de você como simbolo do esquecimento do amor.
Pensarei nessa história a partir do horror de esquecer.